segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

PECS


 
O PECS (Picture Exchange Communication System), é um método de origem americana (Bondy e Frost, 1994), baseado em princípios de análise comportamental e em B.F Skinner e a sua teoria sobre o Comportamento Verbal (1957), que permite não só desenvolver a Linguagem, como fundamentalmente, promove a quantidade e qualidade das interações comunicativas.

Destina-se essencialmente a pessoas que apresentam graves dificuldades de comunicação, como é o caso de pessoas perturbações do espectro do autismo, embora também se utilize esta abordagem em pessoas com outro tipo de perturbações do desenvolvimento associadas a alterações graves da comunicação.

Este sistema permite desenvolver a compreensão, reduzir a frustração de quem tem dificuldade em falar e permite um poder de maior escolha de quem não se expressa oralmente (Pedrosa, 2006).
 
 
 

Possui símbolos simples, sendo fácil reconhecer o seu significado e relacionam-se com uma grande diversidade de situações de vida diária, podendo ser utilizados, por exemplo para a elaboração de calendários.
 
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

" Não faz mal ser diferente"

 
 

 “Não faz mal ser diferente”, de Tood Parr, é um livro que promove a inclusão  e sensibiliza para a diferença e contra a discriminação.
 
Deixo-vos aqui o link se quiserem ouvir a leitura desta história efetuada por alunos do 2.º ano.
 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dislexia deixou de ser mito mas continua sem resposta adequada nas escolas

Hoje encontrei um artigo interessante no site da sapo - saúde, que nos  fala sobre a dislexia.
 
 
Deixo-vos aqui um excerto.
 
 
A investigadora Ana Paula Vale estuda há mais de 20 anos a dislexia, que começou por ser considerada "um mito” e é hoje uma perturbação de desenvolvimento reconhecida, embora ainda não tenha uma resposta adequada nas escolas.

“Felizmente, hoje já se percebeu que a dislexia não é uma invenção, é uma condição, uma perturbação de desenvolvimento que provoca essa dificuldade de aprendizagem específica da leitura”, afirmou à agência Lusa a professora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Ana Paula Vale impulsionou a Unidade de Dislexia da UTAD, em Vila Real, e coordenou o primeiro estudo em Portugal sobre a prevalência desta perturbação em crianças, concluindo que 5,4% dos 1460 avaliados nos concelhos de Vila Real e Braga possuem dificuldades na área da leitura ou escrita.

“Este estudo indica que, numa turma com 25 crianças, existe uma probabilidade muito elevada de uma delas ter dislexia”, salientou.
 
Quando começou a trabalhar na área, a docente diz que “havia um elevado número de pessoas que até partilhavam a ideia de que a dislexia era um mito, uma coisa inventada”.

Em 20 anos, a mentalidade mudou e hoje, de acordo com a investigadora, já se percebeu que se trata de “um problema sério”.

“Apesar disso não existe no sistema educativo em Portugal uma resposta adequada a este problema. Está longe de ser adequado. As escolas não têm meios para responder a este problema”, frisou.
 
Se quiserem saber mais, consultem:
 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Dislexia

Dislexia


A dislexia é universal e cultural, com uma prevalência  significativa, com uma carga genética e com causas biológicas.  
 
Foi Berlim que em 1884 introduziu o termo dislexia. Este oftalmologista alemão, que tinha um interesse na área da neurologia, escolheu este termo porque considerou que ele era mais indicado para referenciar problemas de leitura devido a causas neurológicas (Anderson, 2001). 
 
A dislexia representa uma incapacidade severa da leitura (Hallahan, Kauffman & Lloyd,1999) e caracteriza-se por dificuldades no correto e/ou fluente reconhecimento de palavras e por pobres capacidades de soletração e de descodificação. Geralmente, estas dificuldades refletem défices na componente fonológica da linguagem, que são geralmente inesperadas tendo em conta não só as capacidades cognitivas do aluno como também as práticas eficazes que lhe têm sido proporcionadas na sala de aula. Consequências secundárias podem incluir problemas na compreensão da leitura e reduzidas experiências de leitura que podem impedir a aquisição de vocabulário e de conhecimentos prévios (Lyon, Shaywitz,&Shaywitz, 2003, p.2; The International Dyslexia Association, 2008).
 
  Se quiserem saber alguns mitos e verdades sobre dislexia, segundo o Centro para Dislexia e Criatividade  da Universidade de Yale, Estados Unidos da América, consultem:
 
 
Deixo também o link da Associação Portuguesa de Dislexia:
 
 
 
 

Dificuldades de Aprendizagem Específicas

As Dificuldades de Aprendizagem Específicas (DAE) são a problemática mais prevalente dentro das Necessidades Educativas Especiais (NEE), representando cerca de 48% dos alunos com NEE.
 
Deixo aqui a definição portuguesa de DAE:
 
 
"As dificuldades de aprendizagem específicas dizem respeito à forma como um indivíduo processa a informação - a recebe, a integra, a retém e a exprime -, tendo em conta as suas capacidades e o conjunto das suas realizações.as dificuldades de aprendizagem específicas podem, assim, manifestar-se nas áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática e/ou da resolução de problemas, envolvendo défices que implicam problemas de memória, percetivos, motores, de linguagem, de pensamento e/ou metacognitivos. Estas dificuldades, que não resultam de privações sensoriais, deficiência intelectual, problemas motores, défice de atenção, perturbações emocionais ou sociais, embora exista a possibilidade de estes ocorrerem em concomitância com elas, podem, ainda, alterar o modo como o indivíduo interage como meio envolvente." ( Correia,2005)
 
De entre as DAE, as mais frequentes são:
 
  • Dislexia: Incapacidade severa da leitura (Hallahan, Kauffman & Lloyd, 1999); dificuldades no processamento da linguagem, cujo impacto se reflete na leitura, na escrita e na soletração (NCLD,1997); problemas graves na leitura, na soletração e na escrita (transposição de letras e sílabas e problemas de articulação).

  • Disgrafia: Dificuldade na escrita. Os problemas podem estar relacionados com a componente  grafomotora (padrão motor) da escrita (e.g., forma das letras, espaço entre palavras, pressão do traço), com a soletração, e com a produção de textos escritos (NCLD, 1997).
 
  • Discalculia: Dificuldade na realização de cálculos matemáticos (Hallahan, Kauffman & Lloyd, 1999).
 
  • Dispraxia: Dificuldade na planificação motora, cujo impacto se reflete na capacidade de um indivíduo coordenar adequadamente os movimentos corporais (NCLD, 1997).
 
  • Problemas de perceção auditiva: Problemas na capacidade para perceber as diferenças entre os sons da fala e para sequenciá-los em palavras escritas; é uma componente essencial no que respeita ao uso correto da linguagem e à descodificação da leitura (NCLD, 1997).
 
  • Problemas de perceção visual: Problemas na capacidade para observar pormenores importantes e dar significado ao que é visto; é uma componente crítica no processo de leitura e de escrita (NCLD, 1997).
 
  • Problemas de memória (de curto e longo prazo): Dificuldades em armazenar  e/ou recuperar ideias ou factos, como por exemplo, quando se apela à lembrança de números telefónicos, de endereços e/ou de instruções para realizar uma tarefa.
 
 
 
Correia, L. M. (2008). Dificuldades de aprendizagem específicas: Contributos para uma definição portuguesa. Porto: Porto Editora/Secretaria Regional de Educação e Cultura.